sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Cabines de Média Tensão - Manutenção Negligenciada

Negligência (do latim "negligentia") é o termo que designa falta de cuidado ou de aplicação numa determinada situação, tarefa ou ocorrência. É frequentemente utilizado como sinônimo dos termos "descuido", "incúria", "desleixo", "desmazelo" ou "preguiça".
Manutenção na Subestação?
Quem atua em instalações de média tensão, nos setores industriais e comerciais, convive com essa negligência, e não é exagero o que será descrito abaixo.
Muitas cabines de Média Tensão são simplesmente esquecidas e só lembradas quando ocorre um problema de fornecimento de energia. Manutenções preditivas e preventivas não são realizadas, e as únicas manutenções feitas são as corretivas, quando os equipamentos já não permitem mais seu funcionamento.
Cubículos com corrosão e zinabre...sem manutenção por anos

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Micro e Mini Geração distribuída - Sistema de Compensação


Como já é do conhecimento de todos, no dia 17/12/2012, venceu o prazo dado pela ANEEL, de acordo com a resolução 482, para que as concessionárias de todo o Brasil criassem suas regras específicas para permitir a conexão a rede da micro e mini geração distribuída.

Resolução Normativa 482/2012 - Estabelece as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica, o sistema de compensação de energia elétrica, e dá outras providências.

O que é Micro e Mini Geração distribuída ?

Nada mais é que uma Central Geradora de energia elétrica que utilize fontes com base em energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras.

MicroGeração: potência instalada menor ou igual a 100 kW;
MiniGeração: potência instalada superior a 100 kW e menor ou igual a 1 MW.

De acordo com o estabelecido na Resolução ANEEL nº 482/2012, é permitido aos consumidores instalar geradores de pequeno porte em suas unidades consumidoras para injetar o excedente de energia, que será convertido em crédito de energia válido por 36 meses. Estes créditos poderão ser utilizados para abater do consumo da própria unidade consumidora nos meses seguintes, ou de outra unidade do mesmo titular.

sábado, 16 de novembro de 2013

IT-Médico - A segurança em instalações críticas para vida

Por volta de 1973, nos EUA, foi proposto a adoção de um sistema isolado para fornecimento de energia elétrica em salas de cirurgia. Tal sistema ficou conhecido como sistema IT e está normalizado pelo IEC 60364-7-710 Ed. 1.0 b -”Electrical Installations of Buildings - Requirements for Special Installations or Locations - Medical Locations, Part 710.413.1.5”, 2002. Este sistema tem a principal função de impedir que uma primeira falha interrompa o fornecimento de energia durante a cirurgia.


A utilização de sistemas IT Médico aumenta a segurança para o paciente e para o corpo clínico, pois a interrupção no fornecimento de energia elétrica em caso de uma falta é evitada, pois mesmo em um caso de curto-circuito fase terra, por exemplo, um equipamento eletro médico pode ser usado para auxiliar ou substituir, temporariamente ou permanentemente, funções vitais de um paciente. Além disso, ocorre uma redução nas correntes de fuga circulando pelo condutor de proteção, o que diminui a tensão de contato e consequentemente a intensidade de um choque elétrico acidental.

O sistema IT-médico palas salas consideradas do Grupo 2 (NBR 13534 Requisitos específicos para instalação em estabelecimentos assistenciais de saúde) é de uso obrigatório, conforme determinação da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária):
ANVISA RD 50: 7.2.3.1 - Aterramento: 
Todos as instalações elétricas de um EAS devem possuir um sistema de aterramento que leve em consideração a equipotencialidade das massas metálicas expostas em uma instalação. Todos os sistemas devem atender a normas da ABNT NBR 13.534 e NBR 5410 e NBR 5419, no que diz respeito ao sistema de aterramento. Fica proibida a utilização do sistema TN-C especificado na norma NBR 13.534 em EAS. Nenhuma tubulação destinada à instalações pode ser usada para fins de aterramento.
Desta forma a NBR 13534 deve ser obrigatoriamente observada.

NBR 13534 - Tabela B.3 - Classificação dos Locais

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Certificação de Instalações Elétricas - Nova Portaria do Inmetro

Foi colocada para consulta pública uma nova Portaria do Inmetro, de número 305, com o título: "Requisitos de Avaliação da Conformidade para Instalações Elétricas de Baixa Tensão", em junho deste ano.


Esta portaria, que tem força de LEI, ou seja, de observância obrigatória, é um documento que tem por objetivo começar uma mudança na situação das instalações elétricas de baixa tensão do país.

Não é difícil perceber que muitas das instalações elétricas de baixa tensão, principalmente prediais e comerciais, nem sempre são executadas ou supervisionadas por profissionais habilitados (com CREA), tendo como resultado incêndios e acidentes.

Fonte: Inmetro
Raros são os casos aonde empresas de engenharia são contratadas para comissionamento de instalações de baixa tensão. Na grande maioria dos casos estas contratações para realizar o comissionamento dos equipamentos e instalações de média tensão, transformadores e PGBTs, ficando totalmente de fora os quadros de distribuição, cabos BT, sistema de aterramento, etc. Se não existe no Brasil a cultura de se executar comissionamento de BT em indústrias, o que devemos imaginar sobre as instalações de menor porte?

domingo, 15 de setembro de 2013

A Revisão da Norma de SPDA

A atual norma brasileira sobre SPDA, a NBR 5419 - 2005, está sendo reformulada pelo Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações (COBEI), e tem como base a IEC - International Electrotechnical Commission - 62305 (partes 1 à 4).


A nova norma será praticamente uma tradução da IEC 62305 (Lightning Protection), porém com algumas alterações, principalmente na parte 3 e na substituição de alguns mapas isoceráunicos presentes na IEC por mapas brasileiros.



Essa revisão irá aumentar a norma das atuais 42 páginas para aproximadamente 300, deixando a norma mais complexa, porém, muito mais abrangente e organizada. A IEC 62305 foi publicada em 2006, estando atualmente na edição 2.0 de 2010. Esta é a versão que está sendo traduzida e adaptada para ser a nova NBR 5419, mantendo inclusive a sua divisão em 4 partes.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Determinação do Risco de Arco Elétrico

A segurança das equipes de manutenção e operação pode ser melhorada através da determinação do risco de arco elétrico, da avaliação de sistemas de proteção e da consideração da importância do projeto elétrico. 

O arco elétrico é um fenômeno físico inerente ao funcionamento do sistema elétrico. Consiste em um curto-circuito que ocorre por meio do ar, gerando calor de forma controlada, como nos casos de solda elétrica e fornos industriais, ou de forma incontrolada, em casos de falhas de isolamento em equipamentos elétricos.
Quando o isolamento entre condutores energizados sob diferentes potenciais elétricos, é rompido, gera-se um arco elétrico. Os trabalhadores expostos diretamente ou próximos a estes condutores podem sofrer sérias lesões na ocorrência da falha elétrica.
Arc Flash

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Apagão no Nordeste

Mais um apagão de grandes proporções atingiu o país neste dia 28/08/13. Já foram 9 apagões no governo Dilma.

Fonte: Folha

Segundo dados fornecidos pelo Cbie (Centro Brasileiro de Infra-estrutura) tivemos 150 blecautes acima de 100MW desde início de 2011. Somente em 2013 foram 27.

Os 9 apagões de grandes proporções (>800MW) registrados desde 2011, 8 ocorream neste último ano, indicando talvez uma fragilidade no sistema interligado nacional. A principal região afetada é o nordeste, pois recebe boa parte da energia oriunda de outras regiões, devido à falta de potencial hídrico.

O apagão desta quarta novamente atinge o nordeste, desligando todos os seus estados com excessão do Maranhão (parcialmente afetado). O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, negou que haja fragilidade no sistema. "Queimadas provocam este tipo de desligamento. Isso já aconteceu outras vezes no Brasil e no mundo", ponderou. O ministro disse que 40 minutos após o desligamento foi iniciado o restabelecimento da energia nas capitais nordestinas.

Lobão afirmou ainda que o governo fará uma investigação para apurar as causas da queimada de grandes proporções que provocou o curto-circuito. "O impacto, inegavelmente, foi forte. Vamos investigar as causas", disse Lobão. Ele negou que a ocorrência se deva a fragilidade do sistema elétrico. O Nordeste vive este ano a pior seca dos últimos 50 anos, o que prejudica o funcionamento das usinas hidrelétricas.

"Não existe fragilidade do sistema. Esse episódio acontece aqui, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar".

O fato é que parece que estes fatos tem uma certa tendência de acontecerem mais no Brasil que em outros lugares.



ONS - Nota à Imprensa – 28/08/2013 
Ocorrência no Sistema Interligado Nacional em 28/08/2013

Às 14h58, ocorreu o desligamento da Linha de Transmissão de 500 kV Ribeiro Gonçalves - São João do Piauí (circuito 2), da IENNE, empresa  controlada pela espanhola ISOLUX, devido a foco de calor (queimada na  região). Às 15h04, esse circuito foi religado manualmente, tendo havido um  novo desligamento pela mesma razão às 15h06.

Às 15h08, também devido à queimada, foi desligada a segunda linha Ribeiro  Gonçalves – São João do Piauí (circuito 1), da TAESA, empresa controlada  pela CEMIG, configurando uma contingência dupla, que conduziu à perda de  sincronismo e consequente separação da região Nordeste do restante do Sistema Interligado Nacional (SIN), havendo perda de carga de  aproximadamente 10.900 MW, com o desligamento adicional das seguintes  linhas de 500 kV de interligação do SIN com a região Nordeste:

• Presidente Dutra / Teresina Circuitos 1 e 2; 
• Presidente Dutra / Boa Esperança; e 
• Bom Jesus da Lapa / Rio das Éguas. 

Após identificada a origem da ocorrência, deu-se início à recomposição das  cargas da região Nordeste, tendo a das capitais sido, praticamente, concluída  às 17h30.

SIN - Interligação de Bacias





terça-feira, 20 de agosto de 2013

Reduzindo Risco de Falha em Transformadores

Neste post vamos fazer um breve compêndio sobre análise de gases dissolvidos em óleo isolante e sobre o 2-fal, além de apresntar o triângulo de Durval (método de diagnóstico). Futuramente vamos fazer novas postagens entrando mais a fundo em cada um desses itens.


Com a manutenção preditiva de transformadores de potência isolados à óleo, através de análise de gases e compostos furânicos, é possível verificar a taxa de degradação do isolamento do transformador.

Falha em bobina
O teor de gases dissolvidos no óleo isolante pode fornecer uma indicação do estado de operação do transformador, enquanto a medição de furfural indica o estado do isolamento sólido (papel), podendo proporcionar meios para estimarmos a taxa de degradação de um transformador.

Sistema Isolante em Transformadores Isolados à Óleo

Esse sistema de isolamento de transformadores que associa o óleo mineral isolante e o papel isolante é o conjunto utilizado em 95% da quantidade total de equipamentos. Apesar dos recentes avanços na área de materiais sintéticos que, à primeira vista, deveriam (ou poderiam) substituir o conjunto papel-óleo, que vem sendo utilizados desde 1890, a permanência de sua utilização deve-se às excelentes características deste conjunto, face às solicitações elétricas, mecânicas e térmicas no transformador de potência [Milash, 1984; Nunes Jr., 2003].

terça-feira, 13 de agosto de 2013

NR-10 x NFPA70E - Uma discussão sobre distâncias de segurança

Salve!

Por vezes, as normas deixam vários pontos em aberto, até gerando certa confusão de conceitos.

Este é o caso da NR-10, com relação as distâncias das famosas zona de risco, controlada e livre.


A NR-10 cita em seu item 10.2.9.2:

"As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas. (210.023-1\/I=4)"

Porém a NR-10 traz em seu anexo II, informações somente sobre a questão da condutibilidade, ou seja, definindo zonas de uso obrigatório de EPI isolante de acordo com o nível de tensão.

Contudo, o risco elétrico não se limita somente ao choque elétrico, mas também à emissão de energia durante arcos elétricos, já que é obrigatório contemplar a questão da inflamabilidade das roupas. Logo, seria correto chamar de Zona livre uma área que está livre somente do risco de choque elétrico? E o risco de arco elétrico?  

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Proteção Motores de Anéis - Download Manual de Proteção de Motores

No mundo da eletricidade, nem sempre mais é mais. As vezes mais é menos!

Nesse caso que trabalhei, tive a oportunidade de estudar dois motores de média tensão, de anéis, 6.6kV, os quais acionavam a mesma carga (Britador - "moedor de pedras"). Esse britator tinha a capacidade de transformar blocos de pedra de mais de 1m³ em brita, que não mediam mais do que uma moeda.
Motor WEG de Anéis (Fonte: http://www.weg.net/br)

Em primeiro contato que tive com o caso, o britador era acionado por um motor WEG, 1.630cv, 6.6kV (In=120A), conjugado a um banco de capacitores de 360kVAr, 6.6kV. Nesta situação ocorriam diversos desligamentos do contator de MT por sobrecarga. O sistema é protegido por um relé SEPAM M20.

Diagrama Unifilar Simplificado

Estes desligamentos ocorriam quando pedras de determinado tamanho entravam no britador e este não tinha potência suficiente para realizar o trabalho. Neste momento o motor perdia velocidade e a corrente disparava,  por conta do excesso de escorregamento do motor.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Usina de Hidrogênio Itaipu

Itaipu vai iniciar produção experimental de hidrogênio.

Num projeto em que será aproveitada parte da energia vertida turbinável, ou seja, o excedente de água que não pode ser armazenado no reservatório por ele estar em sua capacidade máxima, a Itaipu Binacional está construindo a Unidade Experimental de Produção de Hidrogênio. A previsão é de que a unidade esteja em operação em Foz do Iguaçu ainda em 2013, segundo a Itaipu.

Itaipu by Diener on Flickr
Os estudos vão possibilitar no futuro que Itaipu aproveite a energia que hoje deixa de ser gerada pela água excedente do reservatório para abastecer uma grande central de produção de hidrogênio. Com o hidrogênio, Itaipu poderá elevar em até 6% a sua eficiência energética e se tornar referência dentro sistema Eletrobras para a aplicação dessa tecnologia.

Vertedouro Itaipu (http://www.brasil.gov.br/)
De acordo com o presidente da Itaipu, "há muitos períodos do ano em que a usina tem de abrir as comportas do seu vertedouro para liberar o excesso de água e, com a produção de hidrogênio, essa água poderá ser aproveitada, principalmente no período noturno, quando o consumo de energia elétrica do País cai drasticamente, já que todo o hidrogênio produzido poderá ser armazenado".

Fonte (http://www.profpc.com.br/)
A Planta de Produção em escala piloto poderá atender, no futuro, o abastecimento de veículos movidos a hidrogênio na frota da Itaipu, cujo efeito multiplicador poderá ser expandido para outras aplicações do hidrogênio produzido.

Carro à Hidrogênio
A partir dos resultados desse trabalho, pretende-se identificar o potencial de produção de hidrogênio em usinas hidrelétricas, gerando uma base de dados para futuros empreendimentos da Eletrobras. Além disso, o projeto vai contribuir para a introdução desse novo vetor energético na matriz brasileira e, também, para a criação de novas unidades de negócio para a Itaipu Binacional.

Video  -Carro movido à Hidrogênio


Fontes:
http://www.pti.org.br/projeto-hidrogenio
http://www.itaipu.gov.br/sala-de-imprensa/itaipunamidia/itaipu-vai-iniciar-producao-experimental-de-hidrogenio

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Correção do Fator de Potência em Indústria Automobilística [Solda]

Nem sempre a atividade de dimensionar um banco de capacitores é a mais das triviais. Pode-se pensar em solicitar à concessionária a memória de massa do equipamento e fazer o dimensionamento clássico de um banco automático, chaveado por contatores e acionado por um controlador de fator de potência.

Porém este tipo de dimensionamento tem muitas limitações. Como fazer com os casos de múltiplos transformadores na planta industrial? Como fazer com as harmônicas de tensão e corrente? Como trabalhar com demandas elevadas de reativo que duram menos de 1s? Como ajustar um fator de potência de oscila de 0,4 à 0,8 em poucos ciclos?

Cargas de Solda - Nem sempre simples para correção do FP
Por isso, para um dimensionamento correto, é necessário lançar mão de analisadores de energia modernos, os quais tem capacidade de analisar espectro harmônico, transitórios, afundamentos de tensão, súbitas variações de carga, etc.; dados estes não fornecidos pela memória de massa do medidor da concessionária.

http://www.aemc.com/

domingo, 14 de julho de 2013

Termografia na Média Tensão - Fuga de Corrente (Estudo de Caso)

Aquecimento anormal associado à alta resistência de contato, conexões frouxas ou alta intensidade de corrente (sobrecarga) é relacionado com diversos problemas nos sistemas elétricos.

Fonte (http://www.fluke.com/fluke/brpt/Termovisores)
A lei de ohm, P=R.I², nos mostra a relação entre a potência (calor gerado) com a corrente fluindo através de uma resistência. Este calor, quando em uma anormalidade, pode causar danos de grande monta aos sistemas elétricos. Os componentes do sistema podem simplesmente chegar ao ponto de derreterem.

Porém, além destes, outro tipo de aquecimento anormal é indício claro de fuga de corrente através de isoladores. Uma corrente de fuga através de um isolador cria um ponto de aquecimento, muitas vezes de pequena intensidade, e que pode ser facilmente ignorado por um termografista menos experiente.

As câmeras termográficas nos permitem caçar estas fugas de corrente, muito antes que esta se torne grave a ponto de romper definitivamente o isolamento do equipamento.


quarta-feira, 10 de julho de 2013

Manual NBR 14039 - Download

Salve!

A norma NBR 14039 (Instalações Elétricas de Média Tensão) é uma das mais relevantes para o setor industrial brasileiro, já que pequenas e médias indústrias são atendidas nesse nível de tensão.



É considerável o desconhecimento dos detalhes desta norma no setor industrial, sendo que sua inobservância é diversas vezes relacionada com problemas de disponibilidade e segurança nas instalações industriais.

A NBR 14039 aplica-se a partir de instalações alimentadas pelo concessionário, o que corresponde ao ponto de entrega definido através da legislação vigente emanada da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Esta Norma também se aplica a instalações alimentadas por fonte própria de energia em média tensão (Geradores com transformadores elevadores).

A norma abrange as instalações de geração, distribuição e utilização de energia elétrica. As instalações especiais, tais como marítimas, de tração elétrica, de usinas, pedreiras, luminosas com gases (neônio e semelhantes), devem obedecer, além da NBR14039, às normas específicas aplicáveis em cada caso.

É válido salientar que as normas das concessionárias de energia locais devem ser seguidas, e veremos ainda em outro post que nem sempre existe consonância entre a 14039 e normas locais de concessionárias.

Desta forma, estamos disponibilizando os links para download de um manual da NBR 14039 realizado pela revista O Setor Elétrico, o qual encontra-se disponível em: http://www.osetoreletrico.com.br/web/a-revista/fasciculos.html

Donwload PDF:

Instalações de média tensão - introdução
Definições, princípios fundamentais e características gerais da instalação
Proteção para garantir a segurança
Seleção e instalação de componentes - Parte 1
Seleção e instalação de componentes – Parte 2
Verificação final
Manutenção e operação - Parte 2
Verificação final - Parte 2
Subestações
Subestações Parte II
Visão geral

Boa leitura!



terça-feira, 9 de julho de 2013

Redução do Risco de Arco Elétrico Através de Relés Digitais com Grupos de Ajuste

Para dar início ao blog trago para vocês um artigo referente à minha monografia apresentada no curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho.

O artigo tem como principal objetivo demonstrar que os relés de proteção modernos podem atuar também na proteção das pessoas, reduzindo os níveis de emissão de energia durante a ocorrência de arcos elétricos em painéis, reduzindo os tempos de operação.


Definitivamente alguma coisa saiu errada....

Artigo:

O arco elétrico é um fenômeno físico inerente ao funcionamento do sistema elétrico, consistindo em um curto circuito que ocorre por meio do ar, o qual gera calor de forma controlada, como nos casos de solda elétrica e fornos industriais, ou de forma não controlada, como no caso de falhas de isolamento em equipamentos elétricos.

Quando o isolamento entre condutores energizados sob diferentes potenciais elétricos é rompido, gera-se um arco elétrico. Os trabalhadores que estão expostos diretamente ou em proximidade a estes condutores podem sofrer sérias lesões quando da ocorrência da falha elétrica.


Arco Elétrico