1- Confira a Placa do Transformador
Certifique-se que os dados de placa são compatíveis com o local de instalação. Verifique as conexões previstas nas placas, como terminais e fechamentos (delta/estrela).
Verifique se os níveis de tensão indicados na placa são compatíveis com a instalação.
Dados de placa - informações importantes |
2- Operação em Paralelo
Se existe a possibilidade de operação em paralelo com outro transformador, verifique se eles estão ligados com polaridades e sequências de fases corretas. Se não existe a possibilidade de operação em paralelo, passe para o próximo item. Em breve vamos escrever um tópico sobre os princípios de operação de transformadores em paralelo.
Operação em Paralelo - EEP electrical-engineering-portal |
Certifique-se que os cabos e barramentos estão conectados
corretamente e bem posicionados. As conexões devem ser “torqueadas” de acordo
com a bitola do parafuso ou recomendações do manual do equipamento.
Muito cuidado quando temos mais de um cabo por fase. Podem
haver inversões durante a montagem. Certifique-se por meios visuais ou testes
de isolamento/continuidade que cabos das fases não estão misturados, o que
provocaria um curto-circuito no momento da ligação.
Atenção quando se tem vários cabos por fase |
4- Conexões do Painel de Mudança de TAP
Certifique-se de que todas as ligações do painel de troca de TAP estão apertadas com o torque correto e na mesma posição das 3 fases. Configurar o TAP de acordo com o nível de tensão prevista na entrada.
Painel de TAPs |
5- Aterramento
Certifique-se que a malha de aterramento está corretamente ligada ao parafuso previsto para este efeito.
Além disso, certifique-se a malha de aterramento foi corretamente executada no lugar certo, previsto no projeto e mostrado no desenho.
Alguns transformadores solicitam 2 pontos de aterramento. Conferira o cabo terra ligado ao terminal X0 do transformador, em caso de ligação estrela com neutro aterrado. Certifique-se que o esquema de aterramento solicitado em projeto está corretamente executado.
Não se esqueça de remover aterramentos temporários do circuito antes da energização.
Aterramento da carcaça
6- Proteção Térmica e Ventilação
Em caso de transformadores equipados com um dispositivo de proteção térmica , verifique as conexões do circuito, certificando-se de que a tensão está de acordo e que o alarme e contatos de desligamento estão conectados às suas redes de correspondentes.
Monitoramento de temperatura |
Verifique os ajustes do relé de acordo com o projeto ou com a classe de temperatura do isolamento do transformador. Certifique-se que o relé está conectado à um disjuntor de BT ou MT, possibilitando seu desligamento em caso de sobretemperatura.
Assegure que os ventiladores estão operacionais e no sentido correto de rotação. Verifique se não há nada que esteja obstruindo a ventilação.
Ventilação forçada |
Verifique se não há materiais, equipamentos, ferramentas, porcas, parafusos ou quaisquer outras impurezas no transformador, entre as bobinas ou obstruindo a ventilação nos canais de refrigeração.
8- Ensaios
Antes de energizar é altamente recomendável a execução dos seguintes ensaios de rotina:
Teste de isolamento CC: Deve ser realizado de forma a garantir que existe um bom isolamento elétrico entre:
Enrolamentos de Alta e Baixa Tensão
Enrolamento de Alta e Terra
Enrolamento de Baixa e Terra
Testador de Isolamento, comumente chamado de "Megger" |
Teste de relação de transformação: O teste visa garantir que o transformador está ligado no TAP correto previsto, ou se existe alguma falha no enrolamento do equipamento. O teste deve ser executado nas três colunas dos enrolamentos.
TTR (Transformer Turns Ratio)- Medição da relação de transformação |
Teste de resistência ôhmica dos enrolamentos: O teste visa verificar a boa continuidade elétrica nas bobinas de Alta e Baixa Tensão. Valores muito diferentes entre bobinas ou dos ensaios de fábrica podem indicar problemas de conexão ou uma provável falha do próprio enrolamento.
Microhmímetro - Medição da resistência ôhmica das bobinas |
A Tensão deve ser aplicada enquanto o transformador está sem carga (disjuntor de baixa tensão aberto). A tensão deve ser medida no enrolamento secundário para verificar as classificações de saída correspondentes. Operações em tensões diferentes das nominais podem causar saturação do núcleo e significativo aumento de perdas, o que poderia levar a sobre-aquecimento e ruído acima dos níveis normais.
A carga deve ser progressivamente aplicada até se atingir a potência nominal do circuito.
Referências:
Schneider Electric - Trihal Catálogo
Manual de Instruções para transformadores do tipo seco – WEG
EEP – Electrical Engineering Portal
Alexandre e/ou Wagner, o BLOGGER tem uma ferramenta onde disponibiliza para os leitores fazerem cadastro em uma NEWSLETTER automática. Seria interessante, eu por exemplo me interessei em acompanhar os lançamentos de post's. Pesquisem no perfil de desenvolvedor e vão encontrar.
ResponderExcluirRespeitosamente, Engº Josmar Oliveira.
Josmar, muito obrigado. Já providenciamos a ferramenta.
ExcluirGrato!
Boas dicas indicadas no artigo, só me ocorreu que quando o trafo for operar em paralelo precisamos verificar a impedancia de ambos a fim de não sobrecarregar um dos transformadores.
ResponderExcluirMuito bem observado. Vamos falar sobre paralelismo de transformadores em breve! Abç
ExcluirMuito bem observado. Vamos falar sobre paralelismo de transformadores em breve! Abç
Excluirse tiver fase invertida no trafo , gerar um curto , danifica o trafo? como testar o trafo após esse curto se as bobinas não danificou?
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